quarta-feira, 20 de junho de 2012

Israel na Rio+20


Israel na Rio+20

Israel terá participação ativa durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, de 13 a 22 de junho de 2012. O ministro do meio ambiente, Gilad Erdan, confirmou presença no evento de 19 a 22 de junho, representando oficialmente o Governo de Israel.
Além da participação de empresas e ONGs israelenses nos eventos paralelos aos que acontecem na sede da Conferência, a delegação oficial de Israel contará com um espaço no Riocentro, na Barra da Tijuca, onde também participará das reuniões políticas e profissionais do início ao fim de todo o evento.
Os destaques da presença de Israel na Conferência se darão na quarta-feira, 20 de junho, quando acontece o curso rápido oferecido pelo Fundo Judaico Nacional (KKL), que aborda o título “reuso de água e arborização como meios de reabilitação de terras degradadas”, e o evento “compartilhando e formando parcerias nas soluções de tratamento de águas urbanas”, organizado pelo ministério da indústria, comércio e trabalho de Israel, que tomará como base a longa experiência do país nos assuntos relacionados a água. Outro destaque será o evento liderado por Israel que ocorre na sexta-feira, 22 de junho, sob o título “utilizando a agricultura verde para estimular o crescimento econômico, alcançar a segurança alimentar e a erradicação da pobreza”.

Sobre Israel

Para mais informações sobre Israel e suas políticas para o meio ambiente, acesse:
Como um país com escassez de recursos naturais, Israel está bem familiarizado com o desafio de fazer mais com menos. E muito tem sido feito na última década para atender aos desafios do desenvolvimento sustentável, como o desenvolvimento de programas para a sustentabilidade local, a definição de metas para energia renovável e conservação de energia, a formulação de um plano nacional para as alterações climáticas, o início de uma revolução na reciclagem de resíduos, a formulação de um plano nacional para redução da poluição do ar, a elaboração de um Plano Nacional de Biodiversidade e a decisão do governo sobre uma estratégia de crescimento verde.
Israel tem trabalhado sobre as principais questões que serão discutidas durante a Rio+20, esboçando as realizações do país e seus desafios, as metas para o futuro e sua posição frente à comunidade internacional em áreas como a indústria verde e inovação, gestão da água, agricultura sustentável, cidades verdes e gestão da biodiversidade.
O ministro Gilad Erdan afirma: "Durante o ano passado, Israel fez progressos importantes ao mover-se em direção a uma economia verde. Mais importante, em outubro de 2011, o nosso governo resolveu preparar uma estratégia de crescimento nacional verde para Israel. Nosso país tem sido reconhecido como líder mundial em tecnologias de água, demonstrando como é possível desenvolver e alimentar uma população crescente em uma terra com escassos recursos hídricos. O tempo chegou para nós servirmos como laboratório global para o desenvolvimento e aplicação de outras inovações que podem fornecer uma alimentação, energia e água seguras e limpas. Nosso futuro depende do curso que definimos hoje".
A escassez de recursos energéticos, água e terra foi um impulso para o desenvolvimento de tecnologias de ponta no país, em uma grande variedade de áreas que incluem a gestão de água, dessalinização da água do mar, agricultura e energia solar do deserto. Hoje, no entanto, uma mudança mais fundamental começou a emergir: um movimento em direção a uma economia verde.
Como um país orientado para a exportação, como um dos mais recentes membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e como membro da comunidade internacional, Israel reconhece a necessidade de ser dissociada a relação destrutiva entre o crescimento econômico e degradação ambiental, e mostrará isso nos próximos dias na Rio+20.

Vídeos sobre Israel Verde

1) Milhões de pessoas vão a Israel para visitar seus locais históricos. Mas o turismo ecológico cresce a cada ano. Assista: http://youtu.be/cI0LsHN_9gk
2) Israelenses criaram uma solução inovadora para combater a fome e a pesca predatória. Assista:http://youtu.be/B97xHCrSmq4
3) GloboNews – Cidades e Soluções – Especial “Água”:
- No primeiro programa sobre água, conheça as tecnologias que possibilitaram a agricultura em um país árido como Israel. Veja como essas técnicas são usadas na produção de frutas no Nordeste do Brasil. Assista: http://globotv.globo.com/globo-news/cidades-e-solucoes/v/veja-o-primeiro-programa-especial-sobre-agua/835449/
Planta de dessalinização em Israel.
- No segundo programa especial sobre água, saiba como Israel está transformando a água do mar em água potável. A mesma tecnologia ajuda a tirar da carência absoluta as populações do semi-árido brasileiro. Assista:http://globotv.globo.com/globo-news/cidades-e-solucoes/v/veja-o-segundo-programa-especial-sobre-agua/838712/

Meio Ambiente em Israel: História

Parque Nacional de Gan HaShlosha.
A origem da preocupação israelense com as questões ambientais se confunde com a história do sionismo e das primeiras ocupações judaicas no território da antiga Palestina, ao final do século 19. Em 1901 foi fundado o Fundo Nacional Judaico (KKL, na sigla em hebraico), durante o 5º Congresso Sionista. Ao adquirirem por meio de compra os primeiros lotes para a construção de fazendas coletivas, os sionistas se depararam com as enormes dificuldades em tornar o solo local cultivável. As características geológicas e climáticas da região praticamente tornavam impossível o cultivo de qualquer espécie. Foi necessário o estudo e a adaptação de inúmeros fatores para que se conseguisse colher os primeiros resultados práticos daquelas ocupações. Isto deu àqueles homens um conhecimento específico das técnicas ali desenvolvidas.
Em 1903, o KKL adquiriu suas primeiras terras: 50 acres em Hadera. Em 1905 foram compradas áreas próximas ao Mar da Galileia e em Ben Shemen, no centro do país.
Foram criadas novas e exclusivas técnicas de recuperação de solo, através da limpeza dos campos rochosos, a construção de terraços, drenagem de pântanos, dessalinização, reflorestamento, contenção de encostas etc. Em pouco tempo, desenvolveu-se uma prática padrão no trato com as terras locais que possibilitou a expansão dos projetos agrícolas e a aquisição de mais e maiores propriedades.
Plantio de mudas de árvores nativas nas encostas das montanhas de Gilboa, nos anos 60.
Em 1908 foi cultivada a primeira floresta do KKL: a "Floresta Herzl", em Ben Shemen. Desde então foram plantadas mais de 230 milhões de mudas, o que fez de Israel o único país no mundo que aumentou seu número de árvores na virada do século 20. No início as espécies predominantes eram variedades de pinheiros, porém, nas últimas décadas optou-se por uma maior diversificação, acrescentando-se carvalhos, alfarrobeiras e terebintos. Os cipestres são cultivados nas colinas desmatadas e nas planícies costeiras; o eucalipto, a tamargueira e a acácia azul adaptam-se melhor aos solos salinos dos desertos do Neguev e de Aravá. As árvores enriquecem e conservam o solo, evitando a erosão causada pela água e vento, e por isso ajudam a combater a desertificação. Elas também absorvem o dióxido de carbono, desestimulando o efeito estufa.
Após a independência, com o súbito aumento da população e a necessidade de se desenvolver uma agricultura de exportação, foi criada em 1953 a Sociedade para a Proteção da Natureza em Israel. Seus fundadores foram Azariah Alon e Amotz Zahavi e sua primeira missão foi coordenar a drenagem do Vale do Hula, com vistas à recuperação do solo e evitar a propagação da malária na região. No entanto, durante os primeiros anos do novo país, cuidou-se apenas das questões diretamente ligadas ao cultivo econômico. Logo, ficou evidente que haveria a necessidade de se zelar também pelas áreas naturais, com o manejo de florestas e bosques visando à recuperação climática e de recursos hídricos.
Em 1988, o governo de Israel criou um Ministério do Meio Ambiente. A decisão refletiu uma mudança na determinação nacional para enfrentar as questões ambientais. Nos últimos anos, Israel iniciou uma nova jornada, dando seus primeiros passos no caminho rumo ao desenvolvimento sustentável – desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades.

Holanda usará sistema Israelense para carros elétricos

Até poucos anos atrás, o israelense de origem iraquiana Shai Agassi era conhecido como um nerd de altíssimo nível que trabalhava em Israel para a Pay Pal. Como tal, foi responsável por uma solução que fez da empresa uma líder mundial.
Mas isso era pouco para Shai e ele convenceu o Presidente de Israel, Shimon Peres, a aderir a um plano mirabolante de viabilizar um sistema nacional para que o país, a longo prazo, só tenha carros elétricos em suas ruas. Mas se o problema principal é a baixa duração das baterias, que permitem rodar no máximo 120 a 140 km de autonomia, como seria feito o projeto?
De forma surpreendente Shai inverteu a questão e, sem conseguir estender a autonomia da bateria, criou uma forma de trocá-la em tempo menor do que se abastece um tanque de combustível. Assim ele criou a Better Place, uma empresa que vem instalando em Israel em todos postos, estacionamentos privados e estacionamentos de shoppings, uma plataforma que troca a bateria usada por uma nova em apenas 60 segundos.
A bateria passou a ser do sistema da Better Place e não do dono do veiculo, pagando este apenas pela reposição. E o sistema é que trata de recarregá-la.
A proposta do Governo israelense é que o país, no médio prazo, não use mais gasolina na área automotiva, liberando-se do uso do petróleo e assim dando um exemplo ao mundo de como se liberar do terror geopolítico incentivado por esse combustível. Como é um país pequeno, serve como “case “ inicial.
A novidade e a ousadia chamaram a atenção de outros governos. A Better Place vai instalar uma estação de carregamento de baterias próximo do aeroporto Schiphol, em Amsterdã. A instalação das estações será feita em cooperação com uma empresa local. A estação de recarregamento será usada para mostrar as vantagens da tecnologia da Better Place e convencer o governo holandês a adotar o sistema para que sua população possa usufruir e, consequentemente, contribuir para o meio-ambiente. A Holanda é considerado um dos países mais avançados da Europa que diz respeito à adoção de carros elétricos. O governo está implantando um programa de “transporte verde”, por meio do qual irá comprar dezenas de carros elétricos para analisar sua viabilidade. Amsterdã é considerada uma cidade líder na área. Há dois meses apresentou um programa para o u! so de carros elétricos no centro da cidade. O governo holandês também estuda adotar incentivos fiscais para carros elétricos.
Além de Israel, onde pretende instalar cerca de 200 estações de recarregamento, a Better Place já vendeu o sistema de carros elétricos para Austrália, Japão e Dinamarca.